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Estabelecer relações e atitudes com honestidade, ética, transparência e respeito.

Vemos a liderança como um fenômeno de como homens e mulheres guiam outras pessoas através da adversidade, da incerteza, da necessidade, dos transtornos, da transformação, da transição, da recuperação, dos novos começos e de outros significativos desafios.

Vemos também que a liderança é um estudo de pessoas que triunfam sobre formidáveis dificuldades, que tomam a iniciativa diante da inércia, que confrontam a ordem estabelecida, que mobilizam pessoas e instituições para enfrentar grandes resistências. É ainda o estudo de como homens e mulheres, em tempos de imobilismo e de acomodação, desenvolvem a flexibilidade para despertar todos para novas possibilidades.

A flexibilidade é uma competência emocional que compõe 2/3 das competências necessárias para conseguirmos êxito em nossas vidas. Liderança, desafio e flexibilidade estão intrinsicamente ligados.

A revista Você S/A, na sua edição 165 de março de 2012, aponta as competências que as empresas mais buscam nos candidatos. A flexibilidade é a mais requisitada seguida da boa comunicação, liderança, alta energia e pensamento estratégico. Esta capacidade de adaptação se torna fundamental no atual cenário de negócios, onde as empresas percebem a necessidade de adequação frente às constantes mutações. Passa a ser uma competência imprescindível na composição das equipes profissionais.

Quando Raul Seixas compôs: “Prefiro ser essa Metamorfose Ambulante, do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo” retratou bem a importância que a flexibilidade exerce sobre o desenvolvimento humano.

Flexibilidade é uma palavra que vem do latim tardio “flexibilitare” e significa, em seu sentido mais amplo, capacidade de adaptação, seja a situações voláteis ou na superação de obstáculos.

Os líderes adaptáveis são capazes de lidar com várias demandas simultaneamente sem perder seu foco ou energia, e sentem-se à vontade com as ambiguidades inevitáveis da vida organizacional. Podem ser flexíveis na adaptação aos novos desafios, ágeis na adequação à mudança contínua e maleáveis em suas ideias diante de novas informações ou realidades.

Esses indivíduos são abertos a reflexões sobre novas ideias, sendo também favoráveis a alterações que propiciem melhorias. Não descartam ajustes estratégicos ou novos rumos, desde que passem pelo crivo coerente da análise apoiada na flexibilidade. Afinal, ser flexível não é desfazer-se dos questionamentos ou avaliações muitas vezes indispensáveis na tomada de decisões que implicam no cumprimento das atividades.

Cada vez mais esses profissionais são procurados pelas empresas, pois se tratam de indivíduos que realmente agregam valor, devido a sua postura receptiva a mudanças. São esses os indivíduos capazes de rever posições, conceitos, planejamentos, estratégias e atitudes.

Geralmente dotados de senso harmônico, possuem características que viabilizam o alcance da excelência nos processos e procedimentos necessários a qualquer equipe e empresa. Visam atingir alto desempenho pondo em prática o verbo flexibilizar. Todos trabalham melhor quando aceitam a mudança. Afinal, os bocejos da rotina simplesmente nada tem a ver com o desempenho dos flexíveis.

 

Wilson Mileris, Autodidata, palestrante e pesquisador do comportamento humano [ www.mileris.com.br]. Fonte: Portal Fator